Certas coisas não são procuráveis, apenas encontráveis.


Uma vez eu procurava pela minha história.
E pensei até ser a chapeuzinho.
“Pela estrada afora...”

E o lobo-mau me encontrou.
Uuuuuuuuuuuuuu!

Mas isso era uma vez – e ainda bem que essa vez já era.

Foi no meio do caminho que um cara se apaixonou pela chapeuzinho e arrancou ela do lobo.
E como o lobo já havia se tornado familiar, a chapeuzinho ficou com dó de si mesma durante boa parte da estrada. Relutou, chorou, esperneou (como se houvesse lhe roubado a cesta que levava pra vovó).
Passou chuva, passou sol.
Os dois descobriram muito de si no outro. Deram muita risada juntos, passaram um tempo bem bom.
Mas de qualquer jeito, o início do caminho tinha sido desgastante demais pra um início. E eles vieram trazendo os espinhos junto com as flores.
Até que lá na frente acumulou e começou a cutucar demais. E numas de desviar, eles se perderam um do outro.
Correram para lados opostos.
Mas e agora?
Correram.
Pelo caminho, encontraram caçadores e porquinhos (três, eu acho). Até a vovozinha foram tentar salvar. E nessa igual intenção, de repente lá estavam novamente, frente a frente.
Não adianta espernear, o que é teu, a vida te dá, só é preciso confiar.
Pode acontecer o que for no caminho, é assim que é.

Foi de mãos dadas que encontramos a saída da floresta escura.
Os espinhos, deixamos para trás. No mesmo lugar de onde nunca deviam nem ter saído.
As flores, trouxemos. Plantamos e cultivamos dia após dia.
Por amor (e só com amor), o jardim vai crescendo e exalando.

Definitivamente, aquela não era a nossa história.
A nossa é daquelas “e viveram felizes para sempre”, mas nenhuma das que se conheça...

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