Tic tac bum!

Tenho andado assim, tão ocupada...
A ponto de dormir ocupada. Comer ocupada. Respirar ocupada.
Tu. Tu. Tu.
Ficou pra trás aquele tempo em que dava pra sentar em frente a um filme, por exemplo, e apenas estar. Sem nada mais pra pensar, se preocupar, ou querer executar.
A cada dia o dia fica mais curto pros planos que vão se enfileirando, se atropelando e se amontoando.
E ali eles vão ficando, empilhados uns sobre os outros.
Vez em sempre dão umas cutucadas “ei, não vai me desenhar?”. Puxa daqui “ô. Não vai me costurar?”. Empurra de lá “pega a caneta e me escreve em qualquer canto que encontrar”.
E assim caminhamos juntos... a cabeça fervilhando de idéias.
Mas o corpo tem mesmo é que cumprir obrigações. E o que sobrar, é lucro.
É assim que a gente vive, não é?
(Ou que, infelizmente, tem que viver.)
Trabalhar pra se sustentar. O resto tem que ser hobbie.
Sustentar o bolso, até sustenta. Mas e a alma (que deveria vir em primeiro lugar)??
Pra fazer tudo o que a gente quer, o dia tinha que ter logo umas 300 horas, já pra não ter desculpa de que falta tempo. Porque mesmo que a gente tente esticar os minutos pra lá e pra cá, pra fazer caber o máximo de coisas naquele dia, o dia sempre acaba com aquele gostinho de quero mais.
(Nem que seja querer só ficar de bobeira, de pernas pro ar.)
Dizem por aí que tempo a gente encontra quando quer.
(É, aham. Tempo não falta mesmo. O que sobra é vontade de fazer tantas milhares de coisas.)
 Talvez eu precise de umas 5 vidas pra conseguir fazer tudo...


Por enquanto, será que alguém aí tem umas horinhas pra doar?

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