Brasil corrupção, chuta que é macumba!


Você já ficou triste sem motivo?

Ou sem saber o motivo?
É assim que me sinto hoje.

Mas é claro que já parei pra pensar sobre isso e mais claro ainda que também já desenvolvi minha teoria.
“A teoria da desmotivação do 7 de janeiro brasileiro”.
No fim desta semana tomei um chá de filme brasileiro – involuntariamente.
E sabe como é filme brasileiro né (grande parte, pra não ser generalista) começa com o bom e culto palavreado fino – marca registrada –, desenrola em sexo e companhia, e termina deixando a gente desconsolada(o) por morar aqui.
O tal filme da Bruna surfistinha pesou bastante na minha cabeça. Mas nada que tenha mudado o meu dia seguinte.
Aí no segundo round, veio Era uma vez... Bonitinho até, mais um daquele de sempre: da magnífica jurisdição do Rio de Janeiro Umbigo do Brasil.
Não sei se é coincidência ou não, mas como boa esponjinha que sou, relacionei o mal-estar súbito a essa injeção-bomba de Brasil.
Cogitei se seria aquele choque de realidade, que mesmo você conhecendo há tempos sempre te choca. Mas cheguei à conclusão de que não era o caso. 
É verdade que certas coisas chegam na gente como uma invasão, uma violência e foi o caso. Mas de qualquer forma, não seria o suficiente pra causar o que estou sentindo. Então percebi que talvez esta sensação se deva à soma de acontecimentos decepcionantes que vão se acumulando ao redor da gente.
É toda essa história de corrupção, de marginalidade, em todos os segmentos deste país, com todo o tipo de gente.
É essa política de palhaços que compram a sua nação com pão e circo, enquanto os aposentados - aqueles que realmente trabalharam uma vida por este "país" não têm direito a míseros porcentos sobre um ou dois míseros salários. E os vagabundos no poder público ganham milhares de porcentos sobre milhares e milhares.
É essa cultura dilacerada, na qual jogador de futebol ganha em um mês o que um pesquisador científico não vai ganhar durante toda a sua vida. Mesmo que os primeiros tenham utilidade nula à humanidade, embora exerçam papel fundamental em meio à ignorância. E mesmo que os segundos sejam doadores de vida a milhares e até milhões de outros.
É a atitude irracional do cidadão que não tem 5 reais pra comprar leite pra sua criança, mas os 10 pila do ingresso do jogo estão garantidos, certeza.
Você, cidadão que não tem pra si mas ajuda a pagar o salário de um cara que faz o que mesmo por você?
Enquanto o outro, que pesquisa a cura do câncer que vai lhe matar em 10 ou 20 anos não tem verbas para os reagentes necessários à sua pesquisa, o seu ídolo esbanja o estímulo escancarado à mediocridade.

O que é que ele faz pela humanidade porra? Por quem ele vive, senão pelo seu umbigo?
Este é o país onde vagabundo tem muita vez e trabalhador não tem estímulo, senão o seu próprio caráter.
Aliado a isso, um povo que reclama, reclama, mas nada faz, acabando por aceitar absurdo após absurdo, ano após ano – e do qual eu infelizmente faço parte, por estar aqui apenas escrevendo, ao invés de estar ajudando em alguma passeata por aí.
É claro que são inegáveis as belezas do Brasil - suas bençãos em termos geográficos, biológicos e climáticos, principalmente aquelas relacionadas ao coração especial que bate no peito de uma grande fatia da população. Mas infelizmente isso já não é o bastante para sobressair perante o fato de que ao invés de lutar pelo seu direito, muito brasileiro prefere roubar do próximo, se igualando a toda aquela corja que deveria lhe representar com honestidade em meio ao poder público.
Onde vamos parar, afinal?
É todo esse desgosto que leva a gente a acreditar que solução haverá apenas na existência de uma próxima espécie, após uma destruição em massa.
SE, e somente se, esta espécie não usar cuecas - ou ao menos cuecas onde caiba dinheiro - e na qual seus indivíduos não corram o risco de um dia precisarem se aposentar. E também onde carnaval e futebol não sejam passíveis NUNCA de serem ao menos imaginados.
E por enquanto, fica aqui a nação masoquista assistindo ao espetáculo de braços cruzados.

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