Feliz vida nova!

Há um ano atrás, a situação era outra.
O meu chão partiu e as paredes desabaram.

Há um ano atrás, o suposto retorno era na verdade despedida.

Lembro-me bem do desespero e de toda a dor.
Se colocar minha memória para trabalhar, posso sentí-los perfeitamente.
As lágrimas eram tantas que minha alma parecia escorrer pelos meus olhos.
No pé da minha cama, Dona Martinha. Ela me segurava com toda força para que o buraco não me sugasse. Neste mundo me colocou, neste mundo me amou e neste mundo me segurou.

Sempre fui desapegada, e bola pra frente. Afinal, a vida é feita de possibilidades e "quem vive de passado é museu". Mas dessa vez era diferente, as marretadas teimavam em me dizer que não era passado.

Na noite que devia ser de cores, havia duas companhias:
- a que tem por mim o amor incondicional
- a que queria ter o que eu tinha: "sinceramente, se já não deu certo uma vez, não é na segunda que vai dar", foram suas palavras com segundas intenções.

Naquela noite, cada estouro era uma rajada no meu coração.
Cada cor que se fazia no céu figurava como um insulto aos meus olhos tristes.

O amor se atirou de cabeça no precipício.
Mas por lá se transformou, criou asas e finalmente encontrou o caminho de casa.

"Sim, meu senhor, você não sabe nada sobre nós".
Pois o amor é evolução, por isso tudo é possível.

Hoje sei que aquilo tudo precisava morrer para a beleza renascer.
As amarras precisavam queimar para poder libertar.
É ele. Sempre foi.

Hoje o amor é amor saudável, limpo, alegre. Com a mesma intensidade imensurável.
Vamos moldando-o e lapidando-o, dia após dia.
Hoje, somos responsáveis pela nossa felicidade. Ela é mérito nosso.

Na noite de cores deste ano, os fogos explodindo dentro de mim superavam aqueles que estouravam do lado de fora.

2 comentários:

  1. Dona Martinha me lembra Dona Baratinha, rsrsrs. E, pra rimar: É isso aí, Dona Borboletinha - abra as asas e voe!!! (Mas, pare na fármacia antes e compre 1 vidro de Calêndula, que às vezes carece de usar)

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  2. Olha que belezura! Baratinha não voa (quer dizer, tem umas que conseguem oO), mas sobrevive a bomba atômica até!

    Já tratei de fazer o meu estoque de Calêndula, já que diz que tudo que arde cura.
    E já que afinal, os voôs da vida têm mesmo altos e baixos... às vezes a gente chega até as estrelas e às vezes leva pedrada e acerta em cheio o chão. Faz parte né. O importante é conseguir levantar e voar de novo...

    Se precisar da Calêndula, tenho pra nós duas, ok?
    ;D
    E muito smack também!

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