Pão e circo


A viagem nem sequer tinha começado e já tinha uma área de turbulência.
“Em caso de despressurização, máscaras de oxigênio cairão sobre seus assentos.”
(Ainda bem, porque tem coisas que fazem a gente passar de 1 atm.)

O causo é que depois de uma soneca alternada e de fazer as malas, estávamos indo de uma casa para a outra.
Quando chegamos a 3 ou 4 quadras, naquela rua que quase sempre a gente vira: FECHADO PARA BALANÇO.

(Será que aquilo não eram mesmo carros que eles decidiram fazer em forma de cone?)

- Hmmmm, então entra na outra esquina amor. 

Tava igual.

Na outra também.

E na outra.

Ai meu Deus, os cones estão invadindo o mundo!

Tivemos que sobrevoar o Pacífico e mais o Atlântico para chegar um pouco mais perto do conforto do lar.
E foi bem ali que quase tivemos que implorar passagem pro seu guarda, que cheio de razão (como quase todos precisam ter) ainda rosnou. COMO SE estivesse nos fazendo um favor em nos deixar entrar em casa.

É isso o que se recebe por pagar impostos.
Nada mais que um pano vermelho balangando pro cidadão.
Pra lá e pra cá.
Bonito, vistoso. “ Venha, venha...”
E “OLÉÉÉÉÉÉÉ”.
Coitado do touro. Foi tudo pro bolso (ou pras cuecas) do toureiro.

Mas o melhor depois de tudo é acordar na manhã seguinte ao som de “Marcha soldado, cabeça de papel. Quem não marchar direito vai preso no quartel”. 

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