Chão de terra vermelha, cheiro de fogão à lenha, chuva o dia todo.
Assim começou a saga.

Esse cenário podia ser o início de um sonho... em um sitiozinho no meio do mato. Cachoeira, relaxar e dormir com o sapo tagarelando lá fora.

Mas no meio da madrugada o sonho virou pesadelo.
Só se falava em um assunto. Aquela gente parecia ter saído direto de um filme de terror.
E a luz que nunca voltava.
Aquele fumacê.
O banho ficou cobiçado.
(E eu tomei banho gelado. Naquele frio. Vento nas costas.)
Disseram até que naquela região tudo se resolvia era na bala.
(Bala de quê senhora?)
Pela boca das tiazinhas – por acaso mãe e filha – saiam cobras e lagartos. Até o dragão, coitado, por lá virou vilão.
Dali, não sei o que escapava mais, se era o ffffffffffffffffffff dos 5 cigarros que elas botavam goela adentro a cada minuto, ou o fuuuuuuuuuuuu do papo, que era bem dos furados.
Durante o café da manhã mesmo, era um gole de café e outro de fumaça.
Um pedaço de pão recheado com palavrão.
Mas ainda bem que ao amanhecer, antes que acabasse mal, acordamos.
Ufa! Estávamos de volta ao nosso mundinho – limpos e saudáveis.
Com gente do bem.
Com luz.   

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