Era uma vez um balão daqueles que a gente enche com a boca – e dá até um ruim de pensar se aquilo estoura na cara na hora que tá enchendo.
Uma bexiga, para quem preferir.
Roxa.
Com estrelas verdes.
Às vezes eu sou esse balão.
Roxo. 
Com estrelas verdes.
De vez em quando escapo e viro um pensamento viajante.
Sem perceber, vou subindo, subindo...
Vôo tão longe – ou tão dentro – que entro em um transe quase profundo.
Sumo dentro de mim e é apenas a carcaça que fica. Segurando a tenda em pé para o palhaço retornar.
Ainda não descobri ao certo o que dispara essa auto-hipnose. Essa fuga. Essa (in)consciência.
É assim, de repente, que escapo sem ver.
Até que me dou conta de que me ausentei do mundo por uns instantes e estou de volta.
As energias da minha alma recarregadas – ou no mínimo relaxadas.
Por precaução, acho melhor amarrar o outro balão junto né. Vai que um dia o fio solta?! Tsc!

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